Burnout: compreendendo o esgotamento emocional e seus impactos
O burnout vai além da exaustão — ele afeta sua identidade, seu valor, seu senso de capacidade. Vamos conversar sobre como identificá-lo precocemente e como se recuperar sem se esforçar demais.
O burnout é um estado de esgotamento físico e emocional relacionado a contextos de estresse crônico, especialmente no trabalho ou em situações de alta demanda emocional. Embora não seja classificado como um transtorno no DSM-5-TR (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, 5ª edição, Texto Revisado), é reconhecido como um fenômeno ocupacional que pode impactar profundamente a saúde psicológica e o funcionamento cotidiano.
Como o burnout se manifesta
Alguns dos sinais mais frequentes incluem:
· Exaustão emocional: Sensação constante de cansaço, dificuldade para se recuperar mesmo após o descanso.
· Despersonalização ou distanciamento emocional: irritabilidade, indiferença ou postura negativa em relação ao trabalho ou às pessoas.
· Redução da realização pessoal: Sentimento de ineficácia, baixa autoestima e dúvidas sobre suas competências.
· Sintomas físicos associados: Dores, tensão muscular, insônia, alterações gastrointestinais e baixa imunidade.
Por que o burnout acontece?
O burnout está frequentemente relacionado a:
· Exigências excessivas no ambiente de trabalho;
· Falta de reconhecimento ou apoio;
· Carga emocional intensa sem espaço para recuperação;
· Dificuldade em estabelecer limites pessoais e profissionais;
· Estilo de pensamento disfuncional (ex: perfeccionismo, autocrítica intensa).
O que fazer ao identificar sinais de burnout?
Embora o esgotamento possa se instalar de forma progressiva, é possível iniciar um processo de recuperação com medidas baseadas em evidências. Alguns primeiros passos incluem:
· Reconhecer o problema: Validar sua experiência e compreender que o burnout não é sinal de fraqueza, mas resultado de condições disfuncionais.
· Buscar suporte profissional: O acompanhamento psicológico pode ajudar na identificação de padrões de pensamentos e comportamentos que contribuem para o esgotamento, e no desenvolvimento de estratégias de enfrentamento.
· Estabelecer pausas e limites: Reavaliar rotinas, ajustar expectativas e organizar prioridades pode ser parte essencial da recuperação.
· Cuidar da saúde integral: Sono, alimentação, atividades prazerosas e movimento corporal ajudam a restabelecer equilíbrio.
A psicoterapia como apoio no enfrentamento do burnout
Na Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), o burnout é compreendido como resultado de uma interação entre estressores externos e vulnerabilidades cognitivas internas. O processo terapêutico ajuda na reestruturação de pensamentos disfuncionais, no manejo de estresse, na identificação de gatilhos e na promoção de comportamentos mais funcionais e autocompassivos.
Se você identifica sinais de burnout, considere buscar avaliação psicológica. O apoio profissional é essencial para compreender suas necessidades, desenvolver estratégias e restabelecer o cuidado com sua saúde emocional.
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